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Efectivamente a canção deixa-se logo “perdoar” sublinhando os temas fixados da tradição: o beijo em baixo do visco, as vozes alegres, o espírito do natal e... – toque do mestre! – A união velho-novo citando precisamente o refrão da famosíssima DECK THE HALLS, canção símbolo do americano médio mais adulto. O trecho foi composto por Johnny Marks em 1957 e confiada pela DECCA à então catorzinha Brenda Lee, que gravou-a duas vezes, em ’58 e em ’59. Parece que originariamente a canção tivesse tingido mais country e que depois tenha sido “cosido” nas peculiaridades canoras e interpretativas da Lee. Experiência muito bem sucedida se for a considerar que a gravação da Brenda Lee foi pois quase a única para esta canção.


FOTO 5. Criança prodígio, Brenda Lee começou a sua carreira com 6 anos de idade colocando-se no primeiro lugar num concurso de talento escolar, cujo prémio era aquele de exibir-se ao vivo num programa radiofónico muito na moda, Star makers revue. A sua família era paupérrima e, graças às intervenções radiofónicos da garota que se exibia sem trégua nas rádios locais, conseguia manter-se. Era muito franzina de estatura, cerca de 145 cm, mas a sua voz era de tal forma impetuosa até que mereceu o nome de “Miss Dinamite”. Alcançou o sucesso não com o Rocking Around the clock porém com o trecho I’m sorry de 1960, pelo qual foi condecorada com Grammy Award. Considerada pelo público como uma cantora pop Brenda Lee foi todavia expoente máximo do rockabilly e do rock’n roll, uma das pouquíssimas mulheres da época.

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