Читать книгу Santa María de Montesa. La orden militar del Reino de Valencia (ss. XIV-XIX) онлайн

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A associação destes factos com a cruzada constitui um profícuo campo historiográfico. Porém, a escassa clarificação conceptual e a falta de uniformidade no uso do termo cruzada, assumida como a mais famosa e distinta forma de guerra santa cristã, constituem, por vezes, limitações que marcam alguns estudos.ssss1 A derrota de Acre, por alguns considerada o fim das missões cruzadas, não representou, como é sabido, uma interrupção deste tipo de movimentos, embora tenha conduzido ao afastamento definitivo dos cristãos ocidentais desse oriente latino. A cruzada continuou a desenvolver-se no contexto da sociedade e economia tardo-medievais e foi um elemento crucial ao nível das transformações nas relações mediterrânicas nos séculos XIII a XV, em boa medida devido aos interesses que recaíam sobre aquela área, já que uma parte da economia ocidental dependia do controlo dos acessos ao Levante e ao Mar Negro.

A sucessão de várias derrotas militares cristãs e a consequente perda contínua de posições territoriais contribuiu para a deterioração da situação militar e económica, ao longo do século XIII, impondo o reforço da colaboração do Ocidente com verbas e com recursos humanos. O Papa Gregório X convocou um concílio ecuménico, onde foi discutido sobretudo o problema do domínio da Terra Santa e a união das Igrejas latina e ortodoxa. Com efeito, em 1274, no II Concílio de Lyon, foi criada uma taxa a aplicar na Cristandade para subsidiar a cruzada. Gregório X (1271-76) conferiu a esta taxação uma base institucional firme, através da definição da atuação de 26 coletores. Na verdade, este concílio redefiniu o papel da cruzada no plano interno da Cristandade, tendo em conta a defesa do que restava dos estados cruzados da Terra Santa.ssss1

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