Читать книгу Santa María de Montesa. La orden militar del Reino de Valencia (ss. XIV-XIX) онлайн

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A partir de 13 de outubro de 1307, altura em que Filipe IV de França mandou deter os Templários,ssss1 criou-se o ambiente que conduziu ao Concílio de Vienne, reunido entre outubro de 1311 e maio de 1312, sobretudo para discutir o destino da Ordem do Templo. Como resultado, a Ordem do Templo foi suprimida em 22 de março de 1312, pela bula «Vox in excelso»,ssss1 do Papa Clemente V, na sequência de um longo processo. Os reflexos deste concílio fizeram-se sentir em toda a Europassss1 e também em Portugal, que se fez representar pelo arcebispo de Braga e pelos bispos de Lisboa, do Porto e de Coimbra.ssss1 Contudo, não é deste assunto que se trata aqui. O que importa é ter presente esta conjuntura e perceber como é que ela se manifestou em Portugal.

REFLEXOS EM PORTUGAL: A INSTITUIÇÃO DA ORDEM DE CRISTO

A conjuntura centrada no Mediterrâneo oriental e, em particular, a grande mudança da segunda metade do século XIII refletiram-se em Portugal de forma muito clara e coincidiram com alterações importantes. Dois episódios são suficientes para evidenciar o sincronismo com os acontecimentos vividos a longa distância: a conquista de Faro, o último povoado algarvio, em 1249, e a criação da Ordem de Cristo, em 1319. Esta cronologia estende-se ao longo de dois reinados: o de Afonso III, conhecido como o Bolonhês (1248-1279), e o de D. Dinis (1279-1325). Ambos tinham fortes ligações pessoais e políticas à Europa além-pirenaica, o que lhes garantia o conhecimento atualizado de boa parte do que se estava a passar no plano internacional.

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