Читать книгу I Congreso Internacional de trabajo social digital. del 28 al 30 de septiembre de 2020 онлайн

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No modo como o SARS-CoV 2 infetou de modo diferenciado as populações manifestou-se uma flagrante desigualdade social que fere os direitos humanos, a dignidade das pessoas e a qualidade da sociedade. Mas ela tornou-se patente também noutros aspetos que emergiram na resposta à pandemia. Eis dois exemplos: a exclusão dos alunos pertencentes a famílias menos escolarizadas e mais pobres do acesso ao ensino à distância, estendendo e reforçando a exclusão de que são vítimas dentro dos muros das escolas; a impossibilidade de aceder aos benefícios do tele-trabalho e do uso dos computadores por parte de segmentos das classes populares que não possuem os recursos cognitivos para participar na economia do conhecimento e na sociedade de informação, nem tão pouco os recursos materiais para adquirir os necessários equipamentos.

Se quisermos estender um pouco o campo analítico, observaremos ainda como as diferentes classes sociais estão diversamente expostas a fenómenos como como o controlo e vigilância em massa, a utilização de informação sobre grandes quantidades de pessoas para fins particulares como os de marketing (também os houve para fins coletivos, como por exemplo a antecipação e interpretação da evolução da pandemia a partir de big data e de modelos matemáticos que apenas as máquinas proporcionam) e outros processos possibilitados pela inteligência artificial que colocam em risco as liberdades básicas das pessoas.

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